Resenha: Assassin’s Creed: Bandeira Negra - Oliver Bowden

Bandeira Negra é o sexto volume da série Assassin’s Creed, de Oliver Bowden.

Assassin’s Creed: Bandeira Negra pode ser considerado o melhor livro da franquia de games da Ubisoft. Isso porque o livro conta eventos que ocorreram na vida do personagem principal, Edward Kennway, antes e depois dos eventos ocorridos no game. Digo que o prólogo é enriquecedor para definir a personalidade e motivações que levaram o rebelde Edward a se tornar um pirata reconhecido nas águas do Caribe. Apesar de ser um dos Assassinos mais marcantes da série, faltava a Edward um motivo para que viesse a tomar decisões como a de sair em busca de aventuras e riquezas mundo afora, coisa que o livro preenche de forma satisfatória. Contudo, o epílogo, apesar de importante e emocionante em certas partes, faz com que o “herói” se torne apenas um homem que buscava vingança pessoal, o que decepciona um pouco.

Quanto aos eventos ocorridos no game, estes são narrados de forma rápida (às vezes até demais), deixando os fatos mais importantes em destaque. O interessante é que, ao contrário dos livros anteriores, que descrevia de forma até minuciosa detalhes mal traduzidos que apenas os jogadores entenderiam (como salto da fé, o “leap of faith”), Bandeira Negra deixa de lado esses pormenores e foca na história propriamente dita. Rápido, ágil, contendo partes de suspense e emoção, o livro pode ser lido mesmo por quem não acompanha a série. Os elementos e termos navais são jogados a todo o momento, dando uma imersão no mundo em que o personagem principal passa a pertencer ao se tornar um pirata. Grandes nomes da história da pirataria, assim como no game, aparecem no livro. Edward Thatch, o Barba Negra, sendo o mais marcante e carismático entre eles.

Um pecado em relação a toda a série é a forma como é traduzida do original. Muitas vezes você encontra termos excessivamente repetidos em um mesmo parágrafo no livro. Outros erros cometidos são em relação aos diálogos entre personagens: muitas vezes não existe uma identificação de quem está falando, tornando confuso e até mesmo incompreensível o entendimento em certas partes. O leitor se perderá também ao verificar que existem dois personagens de mesmo nome (Edward) no livro e algumas vezes o autor não identifica com coerência a qual dos dois se refere.

Apesar desses inconvenientes, sem sombra de dúvidas Bandeira Negra se sobressai por contar uma história original de um personagem marcante e cheio de personalidade. Boa leitura para quem não acompanha a franquia, excelente para os fãs da série.

Nota: 4/5 (Ótimo)

ISNB: 978-85-01-10096-2

Editora: Galera Record

Tradução: Ryta Vinagre

Páginas: 334

Ano: 2013

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Até mais! Cris

27 novembro 2014