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Resenha: Arquivos Serial Killers: Made in Brazil - Ilana Casoy


Seguindo a linha do primeiro livro publicado, Arquivos Serial Killers: Louco ou Cruel?, em Arquivos Serial Killers: Made in Brazil a autora Ilana Casoy passa a construir o panorama psicopático dos serial killers brasileiros. E aqui temos uma abordagem pesada. Ilana nos relata os 7 principais serial killers que marcaram a história investigativa do Brasil e que tiveram considerável impacto social. São eles, em ordem cronológica de existência e relatadas também cronologicamente no livro: José Augusto do Amaral (Preto Amaral), Febrônio Índio do Brasil (Filho da Luz), Benedito Moreira de Carvalho (Monstro de Guaianases), Francisco Costa Rocha (Chico Picadinho), José Paz Bezerra (Monstro do Morumbi), Marcelo Costa de Andrade (Vampiro de Niterói) e Pedro Rodrigues Filho (Pedrinho Matador). É nauseante ler a biografia e a tragédia criada por eles.

Como no livro anterior, a descrição de cada homicídio é marcada pelo detalhamento absoluto, quase um passo a passo. Todavia, o serial Marcelo Costa de Andrade, conhecido como Vampiro de Niterói, foi a história que mais me causou desconforto e nojo perante a sua elevada monstruosidade. Marcelo entre os anos de 1991 a 1992 abusou, matou e vilipendiou cerca de 13 crianças do sexo masculino entre 5 e 13 anos de idade. Marcelo utilizava-se do mesmo modus operandi em todos os crimes. Atraía a criança, geralmente moradores de rua, até um local ermo. Lá, abusava sexualmente da criança e depois a matava através de esganadura, provocando a morte por asfixia. Após o homicídio, Marcelo novamente abusava da criança já morta e logo após desferia golpes na cabeça da criança de encontro a parede, até que se abrisse um furo ou lesão estimulando a evasão de sangue, que era prontamente recolhido pelo serial com uma vasilha de plástico. O sangue ali recolhido era embebido por Marcelo que acreditava rejuvenescer com tal prática. Dizia ser o clímax de seu ritual macabro. 

Ilana Casoy reproduz na íntegra a entrevista que teve com Marcelo, o qual se lembrou da data de cada homicídio, bem como o nome e idade de cada criança, e quantidade de sangue recolhida de cada uma sem demonstrar qualquer tipo de remorso ou arrependimento. A entrevista fora tão pesada, que em nota a autora diz ter ficado acamada por cerca de 4 dias e que durante a entrevista, toda a produção tivera acessos de ânsia de vômito com o assaz detalhamento de Marcelo. 

O livro é impecável em seu aspecto descritivo e narrativa fluida, característica da fantástica escrita de Ilana. Recomendo extremamente a leitura do livro. Mas, como a autora, eu também faço a ressalva de que somente leiam a entrevista de Marcelo contida no livro aquelas pessoas que não se impressionam facilmente. 

Afirmo com tranquilidade que “Made in Brazil” é uma leitura extremamente pesada e ressalto com mais tranquilidade ainda que foi um dos livros mais difíceis de ler, pelo seu conteúdo de absoluto desconforto. Todavia, também inconteste uma das melhores leituras que fiz.

Nota: 5/5 (Excelente)

ISNB: 9788566636291
Editora: Darkside
Páginas: 360
Ano: 2014

E aí, você já leu? Poste seu comentário aqui.

Até mais! João Pedro

10 novembro 2014
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