Review: Brothers: A tale of two sons
Brothers: A tale of two sons é um jogo marcante. A primeira sensação que tive ao terminá-lo foi a de lembrar do mesmo tipo de sensação que tive ao terminar Journey de PS3: não é um jogo artificial e sim algo que você leva consigo depois que desligar o seu videogame.
Brothers conta a história de dois irmãos que saem em busca de um remédio para seu pai que está prestes a morrer. E essa história foi toda "deduzida" sem nenhum tipo de fala. Isso mesmo, Brothers não possui um idioma. Os irmãos e personagens secundários do game se comunicam através de uma língua fictícia. Porém, expressões caracterizam todo o sentimento entre os personagens do game. Somente por isso Brothers já merece destaque. Você terminará o game com a sensação de ter assistido a um filme. Contudo, só quando parar para pensar perceberá que não existia fala. Incrível.
A aventura começa em um vilarejo, cheio de habitantes. Você controla os dois irmãos ao mesmo tempo. Um com o analógico esquerdo e o outro com o direito. Confesso que do começo ao fim do jogo me senti confuso ao controlar os personagens. Porém, devido aos puzzles fáceis e interatividade constante, não é algo que atrapalhe a aventura. Muitas vezes, o problema se resolve ao tentar controlar um de cada vez. Por falar em puzzles, Brothers apresenta vários deles. Ao longo da aventura, você irá se deparar com situações bem legais onde os dois irmãos precisam interagir ao mesmo tempo com um objeto ou parte do cenário para conseguir progredir. E é ai que o jogo é bem construído. Em todos os momentos onde existe algo mais preciso para se fazer, a produtora não fez com que os controles nos enganassem e, sim, que a mecânica respondesse de forma intuitiva e fácil.
Os cenários pelos quais você irá passar nesta aventura variam de maravilhosos, incríveis e surpreendentes, a genéricos com texturas em baixa resolução. Predominam os primeiros, contudo poderia ter existido mais capricho, principalmente nos dois heróis do game. Na câmera padrão, distante, os dois irmãos não parecem carecer de polígonos e texturas como quando a câmera dá um zoom. Sorte que a aproximação da câmera não é constante.
Mas o maior destaque de Brothers reside em sua história e como a mesma é contada. Um jogo que peguei para teste e acabei por jogá-lo a tarde inteira até chegar ao seu final deve merecer um crédito por parte de qualquer jogador que goste de um game com conteúdo. As pequenas interações ao longo da jornada dos dois irmãos comovem. Principalmente se você ter um tempo para explorar as pequenas histórias secundárias: seja ajudando filhotes de tartaruga ou salvando um homem prestes a tirar sua própria vida, você irá perceber como coisas simples tocam profundamente você, mesmo em um jogo de videogame em que não existam gráficos AAA e nem mesmo falas. Outra ponto que merece destaque é a trilha sonora. Muitas vezes apenas pequenos sons tornam o cenário e o momento do game únicos.
Brothers: A Tale of Two Sons é uma aventura épica, do início ao fim, emocionante, com controles inovadores, cheia de pequenos detalhes e nuances que ficarão em sua memória. Possui algumas falhas, mas nada que tire o mérito de uma das pérolas lançadas em 2013.
Produtora: Starbreeze
Até mais! Cris
Até mais! Cris
27 janeiro 2014
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