Review: Watch Dogs
Desde sua apresentação, em que tirou suspiros de todos os gamers que a assistiram, na longínqua E3 de 2012, Watch Dogs foi tido como o jogo de mundo aberto que iria revolucionar tudo. Desde a jogabilidade refinada até o inovador sistema de hackeamento, passando pela cidade com cada NPC tendo sua particularidade. E, de certa forma, cumpriu o prometido. Na Chicago reproduzida no jogo, cada um dos NPCs tem, sim, um nome, características e hobbies individuais. E tudo isso você consegue ver através de um hackeamento feito por sua maior arma: seu smartphone. Outro ponto onde a Ubisoft inovou: aqui você terá que realmente usar a possibilidade de hackear câmeras, outros telefones, sistemas de segurança e vários outros mecanismos para se dar bem nas missões.
A bordo de um carro, Watch Dogs se comporta de maneira menos convencional. Para começar, não podemos atirar enquanto estamos na direção. Ponto negativo. Contudo, podemos utilizar o smartphone para interagirmos com a cidade. Abrir semáforos, subir pontes, explodir bueiros e levantar portões. E, talvez obrigando os jogadores a usarem esse recurso, em uma perseguição é quase impossível pararmos um segundo carro sem utilizarmos o hackeamento. A vantagem é que a jogabilidade ao volante não é ruim e a cidade é recheada de placas, lixeiras, cadeiras e postes para que possamos derrubar quando em uma perseguição, dando aquele clima hollywoodiano.
A história e o personagem principal de Watch Dogs são seu maior problema. Aiden é apático. Sua história poderia ter sido bem formulada, construída em cima de uma vingança pessoal por uma tragédia de família, transformado o mesmo em um vigilante em busca de justiça. Contudo, para justificar as "maldades" que o jogador pode praticar, Aiden fica em cima do muro. E, da mesma forma como acontece com os jogos da série Assassin's Creed, a trama principal é contada de forma que, particularmente, não consigo acompanhar os eventos: seja por causa dos diálogos pouco impactantes, seja por causa da sequência as vezes abrupta, as vezes lenta, dos eventos que ocorrem com o personagem principal. Já os personagens coadjuvantes dão um show de interpretação. A maioria deles é interessante e ofuscam Aiden em vários momentos.
Algo que a Ubisoft nunca fez direito, porém acertou desta vez, foi a escolha quanto a dublagem. Aiden e a maioria dos personagens possuem vozes convincentes, bem entonadas quanto a situação durante as conversas e com um time de dubladores de primeira. Claro, nem todas as vozes são legais, mas tendo em vista a gama de personagens durante o game, foi um passo adiante realizado pela Ubisoft.
O multiplayer em Watch Dogs funciona de maneira bacana. Você poderá participar de corridas pela cidade ou tentar hackear e despistar outro jogador (o modo mais bacana). Existe também um modo interessante onde você deve fugir de carro de outro jogador que irá colocar armadilhas e chamar viaturas e helicópteros através do aplicativo do Ipad.
Watch Dogs não é o um marco do mundo dos games. É, sim, um game interessante, que introduz vários elementos inovadores e imersivos em um jogo de mundo aberto e que tem tudo para revolucionar em uma sequência.
Desenvolvedora: Ubisoft
Nota: 9,0/10
Até mais! Cris
28 maio 2014
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