Resenha: Quem é você, Alasca? - John Green

Quem é você, Alasca? (WMF Martins Fontes: tradução de Rodrigo Neves; 229 páginas; 2013), é o primeiro romance de um dos escritores mais comentados, John Green.

Fala sobre o universo estudantil de Miles Halter, um adolescente que vai estudar no colégio interno de Culver Creek, onde conhece Chip Martin, o primeiro amigo, e Alasca Young, a primeira garota. Aos poucos, vai conhecendo as duas pessoas que acabam se tornando os seus melhores amigos, e com eles vai se divertir muito, passando por várias experiências pela primeira vez. O protagonista é apaixonado por biografias e últimas palavras de personalidades da história. Conforme se desenvolvem os acontecimentos na escola, vai tentar responder à pergunta: “Como sairei deste labirinto?”.

A história tem tudo para ser legal: um romance adolescente, um garoto apaixonado por uma menina meio louquinha, temperamental, que às vezes você ama e às vezes você odeia. Algumas armações bem elaboradas dos personagens, algumas primeiras experiências bem comuns desse universo, e vários questionamentos juvenis e outros mais filosóficos.

É uma leitura fácil, porém, não me prendeu em nenhum momento. Relata o cotidiano sem muitos eventos relevantes. Quando se davam as passagens mais engraçadas e/ou emocionantes e a história começava a me prender, o autor saia rapidamente do episódio, não havendo tempo suficiente para a comoção. Faltou aprofundar um pouco, desenrolar mais os sentimentos de Miles. Embora o personagem vá atrás de respostas, com questionamentos que se repetem durante o livro, eu senti superficiais os sentimentos do mesmo. Mais questionamentos do que emoção.

O livro é divido em duas partes, em “antes” e “depois” de um grande drama. Eu tive uma surpresa com o que acontece no meio do livro. Não esperava pelo tipo de acontecimento, achava que fosse um romance apenas. Apesar disso, não me comoveu.

Sinceramente eu me decepcionei com o autor, achei um pouco fraco. Talvez porque seja muito aclamado eu tenha criado muita expectativa. Ou talvez os outros livros sejam melhores. Ele tentou usar um pouco de filosofia, de romance, de aventura, de drama, mas não aprofundou em nenhuma categoria, e não conseguiu entrelaçar os temas de maneira envolvente.

Sobre a diagramação, as páginas são amareladas; a fonte, a margem e o espaçamento são OK, tranquilo para ler. A capa é bonita, muito simples, com textura aveludada. Porém, não traz praticamente informação nenhuma sobre a história.

Nota: 3/5 (Bom)

ISBN: 978-85-7827-342-2

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Até mais! Fabi

02 novembro 2013