Review: Outlast
Se Resident Evil criou o gênero survival horror, Outlast foi o responsável por torná-lo relevante nos dias de hoje. Confesso que gosto de filmes de terror. Contudo, Outlast vai além. Nunca tomei tantos sustos em um mesmo game.
Outlast é um game que tem uma história clichê. O jogo se passa em um hospício chamado Mount Massive, no Colorado. Você controla um repórter investigativo chamado Miles Upshur que, após receber denúncias de maus tratos no manicômio, decide averiguar o que está acontecendo. Mount Massive é o ambiente perfeito para o suspense. Tudo é envolvente: iluminação, sons de madeira gemendo, gotas de chuva, sussurros, gritos distantes... tudo faz com que a ilusão de se estar em uma situação surreal como a do personagem fique próxima de você.

Outlast se mostra impressionante desde o início. Ao entrar no manicômio você irá se deparar com um lugar vazio. Porém, nos primeiros minutos você irá notará vultos e barulhos ao seu redor. A tensão vai aumentando até o início da primeira perseguição. Em Outlast é assim, ou você se esconde ou Game Over. Alguns torcem o nariz para isso, queriam logo pegar uma shotgun e "meter bala" nos inimigos. E por falar em inimigos, nunca tive tanto medo de entrar em salas escuras. Você verá várias aberrações no hospício e o que irá te deixar realmente assustado é que alguns são inofensivos e outros não, e não tem como você descobrir quais são perigosos. Em uma das salas que entrei, vi um vulto parado em pé olhando para a parede, quase uma cópia do final do primeiro filme da série Bruxa de Blair. Quando cheguei perto... sem spoilers.
Outlast fez o que muitos jogos recentes não conseguiram: prendeu-me do início ao fim. Claro, o game tem alguns defeitos. Muitas vezes durante o jogo, opções de design inerentes a jogos eletrônicos estragam um pouco a experiência. Como exemplo, por várias vezes temos que pegar 2 ou 3 itens em um lugar para abrir um terceiro mediante um grande inimigo tentando nos pegar durante o trajeto da área. Esses momentos, algumas vezes frustrantes até que se descubra como o inimigo se comporta, quebram o clima de medo e tensão do game. Outro ponto negativo é o trabalho gráfico feito nos inimigos: muitos deles são apavorantes quando vistos de longe e toscos quando vistos de perto. Ainda bem, são a minoria. Porém, mesmo com esses pequenos defeitos, Outlast se prova competente em vários momentos. As novidades e o fluxo do game mantém um ritmo crescente do início ao fim. Por maior que seja o manicômio, você raramente fica perdido. Os efeitos sonoros são incríveis. E os sustos...
Para quem curte o gênero survival horror e não tem histórico de doença cardíaca, Outlast é “o” jogo.
Desenvolvedora: Red Barrels
Nota: 8,5/10
Até mais! Cris
15 fevereiro 2014
Jogão. Acompanhei as Lives. Excelente.
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