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Resenha: Os Bridgertons: O Duque e Eu - Julia Quinn


O Duque e Eu é o primeiro volume da série Os Bridgertons, de Julia Quinn.

Simon Arthur Henry Fitzranulph Basset é o conde de Clyvedon. Nasceu para herdar e administrar um dos maiores ducados da Inglaterra. Único herdeiro do duque de Hastings, Simon teve um relacionamento conflituoso com o pai ao longo da vida, uma vez que o filho não correspondia ao que o duque esperava quando sonhava com um herdeiro. Simon demorou até os quatro anos de idade para falar, e quando o fez, descobriu-se gago. E para o pai, isso é um defeito vergonhoso para a alta sociedade.

Daphne Bridgerton é a quarta de uma família de oito filhos, e das mulheres é a filha mais velha. Em idade de se casar, sua mãe, Violet Bridgerton, está atenta a todos os pretendentes da região. Depois que a filha debutou, Violet está desesperada para casá-la e fez até uma lista dos cavalheiros que ela selecionou como futuros bons maridos. Mas, Daphne é uma menina inteligente e não gostaria de se casar com qualquer pretendente. Já recebeu algumas propostas, mas a família aceitou a sua recusa a todas. Ela não espera encontrar o amor no casamento, mas também não gostaria de se casar com alguém por quem não houvesse nenhum sentimento.

Em função da relação com o pai, Simon viveu 6 anos no exterior. Antes disso, estudou anos em Eton e em Oxford, onde conheceu e tornou-se amigo de Anthony Bridgerton, o primogênito da família. Nessa época, ficou conhecido como um aluno estudioso e ganhou a reputação de libertino. A essa altura, ele já havia aprendido a disfarçar a gagueira. Mas, quando o pai decide se reaproximar de Simon, o rapaz resolve sair da Inglaterra. E agora ele está de volta. Com a morte do pai, é o novo duque de Hastings.  

Logo do seu retorno, Simon é convidado para o baile de Lady Danbury. Não tem interesse em ir, mas a mesma sempre havia sido muito gentil com ele e não queria desapontá-la. Entretanto, encontra-se com o seu amigo Anthony e o mesmo o alerta sobre os bailes da alta sociedade e as mães desesperadas para casar suas filhas. Não pretendia se casar. Nunca. E não passaria a frequentar bailes, já que não estava procurando uma esposa. Resolve, então, que iria apenas entrar discretamente, cumprimentar a anfitriã e sair rapidamente. Mas, não é o que acontece.

Assim que chega à festa, pela lateral da casa, discretamente, encontra um casal discutindo no corredor. Tenta passar despercebido, mas acaba se envolvendo e se interessando pela dama causadora daquela confusão. Poderia muito bem passar por um libertino e se aproveitar do momento, quando descobre quem é a moça, Daphne Bridgerton, a irmã mais nova do seu melhor amigo. Existe um tratado entre cavalheiros de nunca cortejar a irmã do amigo, e Daphne definitivamente fazia parte da regra. Simon tenta ajudar a moça a resolver o problema com o outro cavalheiro, mas, por fim, resolvem fingir que nunca havia acontecido.

Depois várias apresentações de damas e mães desesperadas para conhecer o novo duque, para Simon, o seu momento com Daphne havia sido o ápice da noite. E o duque percebe que muitos dos seus amigos se casaram enquanto ele esteve fora e que não teria como fugir dos bailes da alta sociedade planejados pelas esposas deles. Então, tem uma ideia louca e faz a proposta para Daphne de eles formarem um casal. O duque deveria fingir interesse pela moça e se mostraria comprometido. Com isso, manteria as mães ambiciosas distantes dele durante os bailes e conseguiria dar um descanso para Daphne das apresentações aos cavalheiros nos bailes à procura de um marido. Como bônus, o interesse do duque ainda deveria despertar a atenção de outros homens à dama, que sempre a viram apenas como amiga. Quando o casal rompesse, Daphne teria vários pretendentes para escolher o melhor marido.

“Contaram a esta autora que, na noite de ontem, o duque de Hastings mencionou nada menos que seis vezes que não tem planos de se casar. Se sua intenção era desencorajar as mães ambiciosas, ele cometeu um grave erro de avaliação. Elas simplesmente verão seus comentários como os maiores desafios.
E o interessante é que todos os comentários antimatrimônio foram feitos antes que ele fosse apresentado à encantadora e ajuizada Srta. (Daphne) Bridgerton.

Crônicas da Sociedade de Lady Whistledown, 30 de Abril de 1813.”


Já podemos imaginar que esse plano não vai certo, né? Eles formam uma ótima companhia um ao outro, e Simon fica muito à vontade com Daphne, sem dificuldade para falar e formar pensamentos. Suas conversas simplesmente fluem. Para Daphne, ele tem um ótimo humor, e ela adora a sua amizade. É fácil o relacionamento entre eles. Mas, eles têm planos diferentes para o futuro. Daphne quer uma família, e Simon não quer se casar. E isso, vai gerar muitos conflitos.

Não podemos esquecer também das “Crônicas da Sociedade de Lady Whistledown”, a coluna de fofocas que circula toda manhã pelas casas da alta sociedade. Ninguém nunca ouviu falar de Lady Whistledown, mas estão todos viciados a ler seus relatos sarcásticos sobre os últimos acontecimentos. Ninguém sabe quem é ela, mas ela está por dentro de tudo o que acontece na alta sociedade.

Simon e Daphne formam um ótimo casal. Se do início eles têm um relacionamento divertido e até um pouco cômico, essa relação vai se desenvolvendo até tornarem-se companheiros e cúmplices. Os problemas de Simon com o seu pai orientaram toda a sua vida, e isso vai exigir muita paciência e fé de Daphne no sentimento dele por ela. E também muita crença em si mesma e no próprio sentimento. Se do início era fingimento, por fim torna-se uma relação muito profunda, cheia de reviravoltas, muita confusão, apenas dois personagens querendo ser felizes. 

A escrita da autora é deliciosa, uma leitura muito rápida e muito gostosa. Mas não é uma história superficial, simplesmente situada no século XIX. Retrata a época sim, os ambientes e roupas, mas também os costumes e a submissão da mulher ao homem. O marido é dono da esposa, o homem dono da casa, os direitos do marido, as obrigações da esposa, a reputação da mulher, a reputação do homem, as aparências e outras maneiras que estão inseridas nos comportamentos dos personagens. 

Recomendadíssimo o livro! Excelente! Com certeza, Julia Quinn tornou-se uma das minhas autoras favoritas.

Nota: 5/5

ISNB: 978-85-8041-146-1
Editora: Arqueiro
Páginas: 288
Ano: 2013

E aí, você já leu? Poste aqui seu comentário!

Até mais! Fabi

30 novembro 2015
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