Review: Bloodborne
Bloodborne é cruel. Assim como os jogos da From lançados anteriormente, como Demons Souls, Dark Souls I e II, Bloodborne não dá nenhuma chance para qualquer tipo de vacilo do jogador. Então prepare-se, quem jogar o game vai morrer muitas, muitas vezes.
Como de costume, Bloodborne não te dá nenhuma história épica antes de começar o game. Nem mesmo um tutorial ou explicação detalhada de cada item. O máximo que terá é uma indicação minima básica sobre cada um dos botões de ataque. E provavelmente, as duas coisas que chamarão mais atenção ao iniciar o jogo serão sua beleza gráfica, com detalhes nos cenários e nas vestes do jogador incríveis, e sua dificuldade.
Funciona assim: a cada inimigo morto você ganha ecos de sangue: moeda do game. Ao acumular um número suficiente de ecos de sangue você poderá ir ao "sonho do caçador" através de alguma lâmpada acesa (checkpoints) e trocá-los por armas e experiência. Morra e todos os seus ecos se perderão naquele local ou, novidade, ficarão vinculados ao inimigo que o matou ou a algum inimigo próximo do local onde você foi derrotado. Assim, terá uma única chance para recuperar os ecos perdidos. Caso morra novamente, já era. Terá que acumular ecos do zero novamente.
Muitas vezes Bloodborne parece sádico devido ao seu grau de dificuldade. Contudo, a cada área descoberta, chefe derrotado (estes são grandes e difíceis) e arma adquirida, existe um sentimento recompensador e de vitória que poucos games conseguem passar. Você vai morrer, por melhor e mais experiente que seja, vai perecer. Mais isso faz parte do jogo. Você vai memorizar cada área e cada inimigo, vai elevar seu nível de experiência e alguma hora irá ter a coragem de tentar matar aquele chefe brutamontes. Essa aversão e medo de explorar território inóspito também traz uma sensação de medo que lembra muito os jogos de terror. Isso coloca Bloodborne como uma mistura de survivor horror e RPG, o que por si só agrada a uma gama gigante de jogadores, daí seu sucesso tremendo.
Algo interessante no jogo é seu modo cooperativo. Entre em uma nova área e poderá tocar um sino de convocação para chamar jogadores experientes que já passaram por ali e badalam um sino pequeno, sinalizando que querem sincronizar com seu jogo. Mate o chefe com a ajuda dos companheiros e não poderá mais invocá-los para essa área. Contudo poderá badalar seu sino pequeno para ajudar companheiros que ainda não derrotaram o chefe desta mesma região. Você também terá a chance de entrar no game de outro jogador para tentar derrotá-lo, o que traz uma possibilidade bacana de tentar invocar ajuda e acabar chamando um inimigo.
Outros elementos dos games anteriores da From retornaram, como os recados de outros jogadores em partes do game alertando para perigos ou simplesmente enganando os jogadores, espectros de outros players mostrando o que aconteceu com eles ao passarem por determinado local, e a variação entre golpes fracos e rápidos, e fortes e lentos. Porém, é em sua forma de combate que Bloodborne se difere: mais rápido e sem um escudo para se defender, você deverá ser mais agressivo em relação aos inimigos. Se em Dark Souls muitas vezes você defendia para atacar depois, em Bloodborne a palavra é atacar, atacar e desviar. Na ausência do escudo, o jogador ganhou uma arma. E aprender a usá-la é essencial. Atirando em uma criatura no momento certo, fará com que ela caia de joelhos e o jogador possa se aproximar e aplicar um golpe fortíssimo, muitas vezes fatal, o que ajuda e muito contra inimigos mais fortes.
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